Jovem afirma ter sido vítima de agressão
Em setembro deste ano, Leonardo Moreira da Costa entrou em contato com a equipe do Centro Regional de Promoção da Cidadania LGBT – Hanna Suzart, solicitando apoio, e afirmando ter sido vítima de um crime possivelmente homofóbico, e que o fato já havia sido registrado na delegacia de polícia.
Conforme apurado pelo advogado do Centro de Referência, a vítima aponta suspeitos pela autoria do crime, que afirma ter sido queimado com ácido, cobra enfaticamente providências por parte do poder público.
Como não houve flagrante, nenhuma prisão foi decretada, e as providências em relação aos suspeitos estão por conta do delegado da cidade. No dia seguinte Jefferson Lanes, advogado do Hanna Suzart, foi a delegacia buscar cópia do boletim de ocorrência. Ele procurou ainda pela irmã da vítima em seu local de trabalho, que não quis se manifestar sobre o ocorrido.
A coordenadora do Centro, Silvia Furtado, acompanhada da psicóloga Sula Dutra, estiveram na residência da vítima e conversaram com sua mãe para oferecer ajuda e apoio. Na ocasião foram informadas de que Leonardo havia tomado medicamentos e estava dormindo.
Leonardo tem se mostrado indignado com a lentidão da justiça, e a falta de punição aos possíveis agressores. Ainda assim, o andamento do caso tem sido acompanhado de perto pelo Hanna Suzart, com visitas à delegacia para acompanhar e cobrar o andamento do caso.
Espancamento e assassinato de LGBTs em Teresópolis
Em outubro, Sérgio Vinicíus da Silva, de 23 anos, foi agredido por aproximadamente 15 homens na cidade de Teresópolis. A vítima foi cercada pelo grupo e agredido sem nenhuma chance de defesa.
O Disque Cidadania LGBT que foi acionado por Sérgio, entrou em contato logo em seguida com o Hanna Suzart para acompanhar o caso e apurar os fatos. A equipe do Centro compareceu a residência da vítima para prestar atendimento jurício, social e psicológico.
Em visita a delegacia de polícia de Teresópolis, a equipe do Centro de Referência foi atendida pelo delegado Wellington Pereira Vieira, que os recebeu de forma solícita e se comprometeu em acompanhar o caso com atenção, declarando não aceitar que crimes homofóbicos passem despercebidos.
Vale ressaltar que Sérgio estava travestido na ocasião da agressão, fato que afirma a possibilidade de motivo de homofobia para o crime. Ele ainda recebeu toda orientação sobre os desdobramentos jurídicos que seu caso possa ter.
Um caso ainda mais grave na cidade de Teresópolis foi o de Cristiane Medeiros Brígido, lésbica de 39 anos, que foi espancada até a morte por Vantuil Batista Bastos, no bairro de Fonte Santa, em julho.
O crime aconteceu por conta de um desentendimento dentro de um bar. O agressor jogou a vítima para fora do estabelecimento e a espancou com um taco de sinuca na cabeça até a morte.
Mais uma vez a equipe do Hanna Suzart visitou a família da vítima, para dar o apoio necessário, e compareceu a delegacia de polícia para conhecer o inquérito policial do caso.
Neste caso, o agressor foi preso em flagrante, e, segundo o delegado, os elementos colhidos provam que o crime, tipificado como crime de homicídio doloso qualificado, foi motivado por homofobia.
A equipe do Hanna Suzart já compareceu a duas audiências de instrução do caso, ocorridas em outubro e novembro.
Em razão deste crime o Centro de Referência pode entrar em contato com lideranças do movimento LGBT de Teresópolis, fortalecendo a rede social de apoio regional e a possibilidade de ações conjuntas.
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