Os jornais, de segunda-feira, dia das crianças, trouxeram a notícia de proibição de uma parada gay no município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Segundo o jornal O Dia, o prefeito Zito, de Caxias, disse o seguinte: “Não tenho nada contra o homossexualismo, mas contra eventos que apresentam um certo tipo de conduta contra os valores da família.” Aí está algo que precisa ser melhor esclarecido. O que seriam “valores da família”? É preciso definir muito claramente esse tipo de questão, se não se quiser cair em prática de discriminação, o que é proibido pela lei 3406/2000. Manifestações de erotismo seriam contrárias aos tais valores? E que espécie de erotismo? Afinal, imagens eróticas também são até vendidas como atração turística de carnaval. É preciso definir com clareza o que é atentado ao pudor e o que não é, sempre considerando como mudam as coisas nessa área. É preciso cuidado, porque a discriminação alimenta a violência.
Discriminação e violência andam de mãos dadas. É a partir da discriminação que são tomadas as atitudes mais bárbaras, como o extermínio de judeus na Europa durante o nazismo. Mas, não fiquemos só com um problema que se manifestou do outro lado do Atlântico há mais de 70 anos. A discriminação está nas atitudes que um grupo assume em relação a outro, tratem-se esses grupos de pessoas com essa ou aquela cor da pele, esse ou aquele desejo sexual, ou mesmo diferentes grupos de torcedores de futebol.
Temos no Brasil um modo curioso de manifestar a discriminação: a cordialidade. O escravo doméstico é considerado quase da família branca, mas sempre na condição de apêndice. Nunca como sujeito de direitos, mas como objeto da bondade do senhor.
No dia 28 de agosto foi a noite de premiação do Festival Estudantil de Poesias de Nova Friburgo promovido pela Sociedade Musical Euterpe Lumiarense, localizada em área rural do município. O teatro do Suspiro lotou. Mais de 600 pessoas, entre crianças, adolescentes e adultos. O tema desse festival foi discriminação. Participaram estudantes do ensino fundamental da rede pública e privada, escolas estaduais e municipais.
A proibição da parada gay de Caxias demonstra como é oportuna a discussão sobre discriminação, como propôs o festival de poesias de crianças e jovens. Mostra como é importante o tema ser levado às escolas, que é o espaço onde se podem criar os meios culturais para se vencer esse problema.
Discriminação e violência andam de mãos dadas. É a partir da discriminação que são tomadas as atitudes mais bárbaras, como o extermínio de judeus na Europa durante o nazismo. Mas, não fiquemos só com um problema que se manifestou do outro lado do Atlântico há mais de 70 anos. A discriminação está nas atitudes que um grupo assume em relação a outro, tratem-se esses grupos de pessoas com essa ou aquela cor da pele, esse ou aquele desejo sexual, ou mesmo diferentes grupos de torcedores de futebol.
Temos no Brasil um modo curioso de manifestar a discriminação: a cordialidade. O escravo doméstico é considerado quase da família branca, mas sempre na condição de apêndice. Nunca como sujeito de direitos, mas como objeto da bondade do senhor.
No dia 28 de agosto foi a noite de premiação do Festival Estudantil de Poesias de Nova Friburgo promovido pela Sociedade Musical Euterpe Lumiarense, localizada em área rural do município. O teatro do Suspiro lotou. Mais de 600 pessoas, entre crianças, adolescentes e adultos. O tema desse festival foi discriminação. Participaram estudantes do ensino fundamental da rede pública e privada, escolas estaduais e municipais.
A proibição da parada gay de Caxias demonstra como é oportuna a discussão sobre discriminação, como propôs o festival de poesias de crianças e jovens. Mostra como é importante o tema ser levado às escolas, que é o espaço onde se podem criar os meios culturais para se vencer esse problema.
(*) Jornalista
mauriciosiaines@gmail.com
Fonte: www.avozdaserra.com.br
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